Já demonstrei que a cobrança de
pedágio em Mato Grosso é algo absurdo; enumerei alguns motivos, mas posso
afirmar que existem muitíssimos outros. Agora quero apenas chamar a atenção
para o fato de que existe muita gente reclamando, mas ainda são poucos os que
propõem soluções. E é por isso que eu vou me ater apenas em demonstrar uma
possível solução neste texto.
É fato, independente da nossa
ideologia ou crença, que vivemos em um mundo capitalista. Todos os desmandos,
falcatruas e absurdos que vivenciamos no dia a dia são fruto dessa nova
religião que se baseia unicamente no amor ao dinheiro. Por isso, se queremos
resolver a questão dos pedágios, devemos torná-los mais caros que lucrativos.
Não dá para quebrar, pois quando
manifestantes quebram banco, por exemplo, isso só dá aos banqueiros uma
justificativa para aumentar os custos dos seus serviços, sob alegação de que
precisam consertar o que os “vândalos” estragaram. No caso dos bancos, seria
bem mais eficiente se as pessoas não comprassem mais seus produtos, usassem só
conta corrente essencial (que não paga nada) ou poupança: isso, sim, daria
prejuízo aos bancos.
Já no caso dos pedágios, devemos
atacar em duas vertentes. A primeira, é utilizando uma arma que os próprios
idealizadores dos pedágios usam constantemente: propaganda, ou melhor,
contrapropaganda. Para um pedágio ser instalado, um bando de políticos
partidários tem que aprovar a ideia. Se nós pegarmos seus nomes, juntamente da
sigla do partido, e fizermos uma maciça campanha, através das redes sociais,
denunciando quem está vendendo o estado aos piratas, com certeza eles recuarão,
pois o que mais temem é perder votos.
Por isso é importante o nome do
sujeitinho que votou e o partido ao qual ele pertence, afinal, eles não vivem
dizendo que existe toda uma ideologia partidária? Pois então que o partido
também seja responsabilizado pelo roubo do patrimônio público praticado por
seus correligionários.
A segunda estratégia que temos para
impedir a implantação dos pedágios, é identificar as empresas que estão
arrematando esses serviços públicos através de licitações, e fazer uma campanha
publicitária popular negativa dessas empresas e de todos que mantiverem
relações comerciais com elas, pois assim estaremos usando o famoso marketing,
tão empregado por eles para nos engambelar, contra esses canalhas.
Não adianta processar entes
públicos, pois no final quem paga é você mesmo, ou você acha que essas multas aplicadas
a PETROBRAS, SECOPA, Banco do Brasil, e tantos outros entes públicos são pagas
com dinheiro que cai do céu?
A única forma de coibir a ação de
políticos e empresários picaretas é fazendo, contra eles, aquilo que eles fazem
de melhor: propaganda, porque isso gera prejuízo; a empresa perde cliente, o
político perde eleitor. É só usar as redes sociais, fazer circular a informação
incessantemente; literalmente, queimar o filme deles. O negócio é lento, mas
surte bem mais efeito do que quebrar vidraça, o que é bem revigorante, se você
anda puto com esses caras como eu ando; mas infelizmente é também um tiro no
pé, pois dá a eles argumento para falar de tudo, menos do problema real, o qual
nada mais é do que a safadeza deles próprios.
JC.
Arcanjo
02/03/2014
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